Numas férias a aproveitar bem o nosso país, começamos por perto, num passeio no rio Tejo, na zona de Marinhais, no Ribatejo, num fim de tarde estupendo a conhecer mais sobre a fauna e a flora deste rio incontornável.
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Fotografia que partilhei no Instagram @ marmitalisboeta , de uma égua branca bastante velhinha que ficou sozinha (com as garças) num banco de areia/ilha, depois de os cavalos que ali existem (não são selvagens mas mantidos em liberdade) terem passado para a ilha maior que existe no meio do rio para pernoitarem |
Como os bons passeios abrem o apetite, e porque o passeio terminou mais tarde do que o estimado, decidimos ir jantar a Almeirim, pois há muitos anos que não íamos à terra da sopa da pedra, versão "pós-ASAE", byebye seixos que sempre nos faziam sorrir quando éramos pequenos - mesmo que não comêssemos a sopa os nossos pais mostravam-nos sempre a pedra. A infância depois da ASAE não é a mesma coisa.
À chegada, como já passava das 9 da noite, e apesar de termos a referência do restaurante O Pinheiro, ao pé da Praça de Touros, as filas à porta, que davam para encher o restaurante 2ª vez, dissuadiram-nos. Não sei se seria efeito de Agosto e grupos de emigrantes de regresso a Portugal, ou se será sempre assim, mas a verdade é que muito dificilmente esperamos em filas em restaurantes: ou há reservas ou fica para dias em que consigamos ir mais cedo. Isto se houver alternativa, como há em Almeirim, com vários restaurantes.
Escolhemos O Forno, também no largo da praça de touros, onde arranjámos mesa rapidamente, apesar de estar também bem composto. No entanto, é bastante grande e tem duas salas, uma na frente e outra depois da (enorme!) cozinha.
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As caralhotas - "é o que é", diz o empregado quando as põe na mesa |
Uma sopa de pedra não chega a €5. Dividimos meia sopa, que era boa, não apreciamos as carnes mais gordas mas dão sabor, claro, e põem-se de parte. Acho que foi mesmo a primeira vez que comi a própria sopa, apesar de ter tão bem na memória as paragens em Almeirim quando vínhamos da Beira Baixa para Lisboa. A infância depois das auto-estradas também não é a mesma.
Pedimos
ainda uma dose de carne de porco que estava bastante boa e bem
temperada, mas nos acompanhamentos falhava: as batatas estavam mal
fritas e o arroz era um pouco oleoso. Mas claro que relativizamos quando
sabemos que estamos a pagar preços bastante razoáveis pelas doses.
No meio de um restaurante destes, com tanta gente, surpreendeu o atendimento atencioso: o empregado não só estava sempre por perto, servia com gentileza, como ainda vinha perguntar a meio do prato se estava tudo bem. Isto é mais surpreendente se pensarmos que o nível de preço do restaurante poderia significar "pouparem" no número de empregados. O preço final para duas pessoas não chegou a €18. Com sobremesa. Não é perfeito, mas é Agosto e está tudo bem disposto.
O FORNO
Largo Praça Touros 23
2080-030 Almeirim
243 241 163