A Ana Lipa é uma das muitas pessoas que mantêm hortas na
cidade, em varandas de apartamentos. Decidiu fazer uma mini-horta na varanda da sua casa, em Cascais, para
fazer a filha de 4 anos «entender que os
vegetais não nascem na prateleira do supermercado. O facto de eu ter nascido na
província também deve, de alguma maneira, ter influenciado esta minha
agro-necessidade».
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Morangos |
Comprou alguns vasos de barro em lojas da especialidade e
aproveitou alguns garrafões vazios de água ou baldes de
detergentes industriais. E deixa uma dica preciosa: «as embalagens de
armazenamento de ovos são excelentes para as sementeiras, pois podem ser
transplantadas directamente, com cartão e tudo, no vaso definitivo». Para
encontrar técnicas para o cultivo em horta urbana, usou o site www.omeujardim.com e outros sites internacionais.
Ganhou legumes e
ervas feitos por si - «é algo que sabemos de onde vem e que
tratamentos leva» - e sempre à mão. No caso das ervas aromáticas, este é um
factor importante, mas a Ana ressalva o factor preço: sem pagar muito, «a
comida fica bem mais temperada e saudável», o que ajuda na sua tarefa de fazer almoço para levar para o trabalho.
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Cominhos |
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Salsa |
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Tomate |
Rega normalmente de dois em dois dias, observando as plantas para perceber
se têm falta - ou excesso - de água e adaptando ao clima que faz em cada
altura. Para poupar água, tem «uns baldes à beira da varanda que aproveitam água da chuva (caso chova).
Forrei o fundo dos vasos com argila que efectivamente reduz a necessidade de
efectuar regas tão frequentes». Aproveita ainda a água de lavar os legumes para
a rega, rica em nutrientes, nota.
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Couve |
Todas as plantas se têm dado bem com o clima da zona de
Cascais, mesmo uma pereira, «que envasei num vaso gigante que obrigou a uns
40 kg de terra, mas que acabou por morrer com uma maleita que não consegui identificar
nem combater (não gosto de pesticidas e evito ao máximo utilizá-los,
especialmente em árvores de fruto, pelas razões óbvias)».
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Feijão |
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Pepino |
Mas há outras vantagens, diz a Ana: «Passar meia hora por dia, ou mais, de volta de plantas, a arrancar ervas
daninhas e assistir ao desenvolvimento das mesmas é uma terapia fácil, barata e
ao alcance de qualquer pessoa.»
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