Neste Ano do Brasil em Portugal, além do retrato de um português no país irmão, trazemos a história da Juliana, brasileira em
Portugal há 12 anos. Confessa que não
gosta de bacalhau nem de peixe de um modo geral. Mas "já aprendi a comer bacalhau com natas, bacalhau à braz e
pastéis de bacalhau. No peixe, fico-me pelo bife de atum fresco". Enchidos não, mas queijo sim:
"queijo da ilha e da Serra da Estrela"! Rendeu-se a pratos
portugueses como o arroz de pato, empadão de carne,
bitoque... mas também a favas e à sopa! "Enfim, acho que consigo me
safar bem por aqui!"
A sugestão da Juliana para A Marmita Lisboeta faz jus às origens italianas da sua família, massa com feijão, que comeu em Fidenza, perto de Parma, na Itália, e que é "um prato barato, que sustenta, é fácil de fazer, e quem quiser pode fazer para levar para o trabalho!"!
Basta cozer a massa só com água
e sal (eu uso fuzili), até ficar "al dente". Depois eu faço um molho
de tomate à parte: frito uma cebola picadinha em um pouco de manteiga, quando a
cebola estiver dourada junto um tomate xuxa picado, e depois coloco uma
caixinha de polpa de tomate, a mesma medida de água, um caldo de carne, se
precisar um pouco de sal, e uma pitada de áçucar. Deixo ferver até engrossar e
já está. Quem gosta, no final pode acrescentar umas folhinhas de hortelã.
Depois faço o feijão a parte: compro uma lata de feijão encarnado pré-cozido,
frito uma cebola em um pouco de manteiga, e quando estiver dourada jogo o
feijão com a água que ele já vem. Normalmente está água já tem sal. Então,
costumo colocar só meio caldo de carne para dar um gostinho. Deixo engrossar e
já está. Depois é só misturar num recipiente primeiro a massa (que já foi
escorrida e passada por água fria) com o molho e depois acrescentar o feijão
(sem caldo) e misturar mais uma vez. E pronto!
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