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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Mercantina do cevadotto

Todos os dias se ouvem queixas da gentrificação que se instalou em Lisboa e Porto, sobretudo. Os preços sobem por causa dos turistas e da ocupação da habitação com alojamento local, mais rentável, e os que não conseguem pagar os preços estabelecidos pelo mercado vão sendo afastados para mais longe, a periferia, a cidade cresce. Como combater uma tendência que resulta de vários factores, resistir-lhe e contorná-la? Ou como tirar proveito dela? Uma das coisas que já vinha mudando, mas se acelerou nos últimos tempos foi a oferta de opções vegetarianas ou mesmo vegan nas cidades. (Ainda temos que vos falar aqui do restaurante vegetariano/ macrobiótico de Castelo Branco!) E essa mudança, ou a aceleração dessa mudança, pode bem estar relacionada com o aumento de turistas. Outra coisa positiva, típica de cidades grandes, é encontrar alternativas para fazer refeições a qualquer hora do dia e noite. Lisboa está a crescer com o mundo a passar por ela.


Estivemos a conhecer a carta de Verão da Mercantina e podíamos falar de como gostamos das massas (vamos a restaurantes italianos mas acabamos sempre nas pizzas) mas preferimos destacar o facto de servirem pela tarde fora, num ambiente que se torna mais descontraído do que nos restaurantes com "horas limitadas" para os serviços, e as opções vegetarianas, que foram mesmo as melhores surpresas. O cevadotto (uma espécie de risotto com cevada) de espargos verdes e conserva de cogumelos pleurotus com puré de ervilhas é daqueles pratos que vai marcar a nossa memória de um restaurante (neste caso, dois, já que a Mercantina existe no Chiado e em Alvalade). Em vez de ser o cevadotto da Mercantina, é a Mercantina do cevadotto. Para conhecer numa próxima ocasião ficou o Quinotto” com legumes da época, sementes torradas de linhaça, abóbora e girassol. 


A Marmita Lisboeta está no Zomato   

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